Escrevo todos os dias, como exercício de recriação de mim e diálogo com o mundo. É um ato de teimosia e resistência contra a corrente, um hábito e rotina que se tornaram parte da minha segunda natureza. No recanto da solidão e do pensamento escuto nitidamente os clamores e vozes do universo, o estertor das contradições e soluções gastas, o silvo urgente da radicalidade, os gritos desesperados por justiça social, as doridas súplicas por misericórdia, os pedidos pungentes de salvação da Terra, os últimos suspiros de quem parte, o choro inicial e jubiloso de quem nasce. É essa audição que fica plasmada nas reflexões vertidas nestas páginas. Movo-me por causas, não contra alguém. Estou muito grato a quem lê e publica o que escrevo.

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